tag:blogger.com,1999:blog-95625336358858561.post3211885052102714031..comments2023-08-21T01:36:48.397-07:00Comments on Henrique Vidal: Henrique Vidalhttp://www.blogger.com/profile/14532043496603114944noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-95625336358858561.post-27356891931103331322009-09-07T18:52:10.903-07:002009-09-07T18:52:10.903-07:00Fala Henrique! Ainda sobre o tema " amor"...Fala Henrique! Ainda sobre o tema " amor", estou te enviando esse poema pra voce postar e falar o que vc achou. Abração<br /><br /><br />Do Amor<br /><br />Não falo do amor romântico,<br />aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento.<br />Relações de dependência e submissão,<br />paixões tristes.<br />Algumas pessoas confundem isso com amor.<br />Chamam de amor esse querer escravo,<br />e pensam que o amor é alguma coisa que pode ser<br />definida,<br />explicada, entendida, julgada.<br />Pensam que o amor já estava pronto,<br />formatado, inteiro, antes de ser experimentado.<br />Mas é exatamente o oposto, para mim,<br />que o amor manifesta.<br />A virtude do amor é sua capacidade potencial de ser<br />construído,<br />inventado e modificado.<br />O amor está em movimento eterno, em velocidade<br />infinita.<br />O amor é um móbile.<br />Como fotografá-lo?<br />Como percebê-lo?<br />Como se deixar sê-lo?<br />E como impedir que a imagem sedentária e cansada do<br />amor não nos domine?<br />Minha resposta?<br />O amor é o desconhecido.<br />Mesmo depois de uma vida inteira de amores,<br />o amor será sempre o desconhecido,<br />a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma<br />nova visão.<br />A imagem que eu tenho do amor é a de um ser em<br />mutação.<br />O amor quer ser interferido,<br />quer ser violado,<br />quer ser transformado a cada instante.<br />A vida do amor depende dessa interferência.<br />A morte do amor é quando, diante do seu labirinto,<br />decidimos caminhar pela estrada reta.<br />Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e<br />profundos,<br />e nós preferimos o leito de um rio,<br />com início, meio e fim.<br />Não, não podemos subestimar o amor não podemos<br />castrá-lo.<br />O amor não é orgânico.<br />Não é meu coração que sente o amor.<br />É a minha alma que o saboreia.<br />Não é no meu sangue que ele ferve.<br />O amor faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito.<br />Sua força se mistura com a minha e<br />nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu<br />como se fossem novas estrelas recém-nascidas.<br />O amor brilha.<br />Como uma aurora colorida e misteriosa,<br />como um crepúsculo inundado de beleza e despedida,<br />o amor grita seu silêncio e nos dá sua música.<br />Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o<br />alimento preferido do amor,<br />se estivermos também a devorá-lo.<br />O amor, eu não conheço.<br />E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu<br />abismo,<br />me aventurando ao seu encontro.<br />A vida só existe quando o amor a navega.<br />Morrer de amor é a substância de que a Vida é feita.<br />Ou melhor, só se Vive no amor.<br />E a língua do amor é a língua que eu falo e escuto.<br /><br />(Paulinho Moska)João Paulo Fernandeshttps://www.blogger.com/profile/00203015392334211614noreply@blogger.com