sábado, 17 de julho de 2010

Um homem Inteligente Falando das Mulheres


Um homem Inteligente Falando das Mulheres

Luiz Fernando Veríssimo

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana. Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

1. Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

2. Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

3. Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

4. Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

5. Não tolha a sua vaidade

É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

6. Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça.
E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela. Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. E meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. Porque só tem mulher, quem pode!

História comovente


Olá você !! Seja muito bem vindo ao nosso blog!!


Quando anoitece, Pedro pega a sua clássica cestinha, enche de flores, cujas hastes teve o cuidado de enrolar em papel prateado, e sai do barraco rumo à Copacabana, onde fica até alta madrugada, entrando nos bares - em todos os bares, porque Pedro conhece todos - vendendo rosas.
Quando a cesta fica vazia, Pedro conta a féria e vai comer qualquer coisa no botequim mais próximo. Depois volta para casa como qualquer funcionário público que tivesse cumprido zelosamente sua tarefa, na repartição a que serve.
Conversei uma vez com Pedro - o homem da flor. Já o vinha observando quando era o caso de estar num bar em que ele entrava. Vira-o chegar e dirigir-se às mesas em que havia um casal. Pedia licença e estendia a cesta sobre a mesa. Psicologia aplicada, dirão vocês, pois qual homem que se nega a oferecer flor à moça que o acompanha, quando se lhe apresenta a oportunidade? Sim, talvez Pedro seja um bom psicólogo mas, mais que isso, é um romântico. Quando o homem mete a mão no bolso e pergunta quanto custa a flor, depois de ofertá-la à companheira, Pedro responde com um sorriso:
- Dá o que o senhor quiser, moço. Flor não tem preço.
Como eu ia dizendo, conversei uma vez com Pedro e, desse dia em diante, temos conversado muitas vezes. Ele sabe de coisas. Sabe, por exemplo, Que a rosa branca encanta as mulheres morenas, enquanto as louras, invariavelmente, preferem rosas vermelhas. Fiel às suas observações, é incapaz de oferecer rosas brancas às mulheres louras, ou vice versa. Se entra num bar e as flores de sua cesta são todas de uma só cor, não coincidindo com o gosto comum às mulheres presentes, nem chega a oferecer sua mercadoria. Vira as costas e sai em demanda de outro bar, onde estejam mulheres louras, ou morenas, se for o caso.
O pequeno buquê de violetas - quando as há - é carinhosamente arrumado pelas suas mãos grossas de operário, assim como também as hastes prateadas das rosas. Saibam todos os que se fizeram fregueses de Pedro - o homem da flor - que aquele papel prateado artisticamente preso na haste das rosas e que tanto encantava as moças foi antes um comum papel de maços de cigarros vazios, que o próprio Pedro recolheu por aí, nas suas andanças pela madrugada.
Sei que Pedro ama sua profissão, tira dela o seu sustento, mas acima de tudo esforça-se por dignificá-la. Não vê que seria um mero mercador de flores!
Lembro-me da vez em que, entrando pelo escuro do bar, trouxe nas mãos a última rosa branca para a moça morena que bebia calada entre dois homens. Quando os três levantaram a cabeça ante a sua presença, pudemos notar - eu, ele e as demais pessoas presentes - que a moça era linda, de uma beleza comovente, suave, mas impressionante.
Pedro estendeu-lhe a rosa sem dizer uma palavra e, quando um dos rapazes quis pagar-lhe, respondeu que absolutamente era nada. Dava-se por muito feliz por Ter tido a oportunidade de oferecer aquela flor à moça que lá estava. E sem ousar olhar novamente pra ela, e disse:
- Mais flores eu daria se mais flores eu tivesse!
Assim é Pedro - o homem da flor.
Discreto, sorridente e amável, mesmo na sua pobreza. Vende flores quase sempre e oferece flores quando se emociona. Foi o que aconteceu na noite em que, mal chegado à Copacabana, viu o povo que rodeava o corpo do homem morto, vítima de um mal súbito. Só depois que soube que Pedro o conhecia do tempo em que era porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na hora ninguém compreendeu, embora todos se comovessem com seu gesto, ali abaixado a colocar todas as suas flores sobre as mãos do homem morto. Pois foi o que Pedro fez, voltando em seguida para a sua favela do Esqueleto.
Naquela noite, não trabalhou.

Fábula da convivência





Fábula da Convivência
(autor desconhecido)


Durante uma glaciação muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então, que uma grande vara de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e, juntos, bem unidosagasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aqueleinverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir oscompanheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam maiscalor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
Afastaram-se feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seussemelhantes.
Doíam muito… Mas, essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservou uma distância dooutro, mínima mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver semmagoar, sem causar danos recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios. É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar. É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor. É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Testamento de um mendigo!




Agora, no fim da vida
Como mendigo que sou,
Me sinto preocupado,
Intrigado e num momento
Me pergunto, embaraçado,
Se faço ou não testamento.
Não tendo, como não tenho
E nunca tive ninguém,
Pra quem é que eu vou deixar
Tudo o que eu tenho: os meus bens?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Minhas calças remendadas,
O meu céu, minhas estrelas,
Que não me canso de vê-las
Quando ao relento deitado
Deixo o olhar perdido,
Distante, no firmamento?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minha camisa rasgada,
As águas dos rios, dos lagos,
Águas correntes, paradas,
Onde às vezes tomo banho?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Vaga-lumes que em rebanhos
Cercam meu corpo de noite,
Quando o verão é chegado?
Se eu fizer um testamento
Pra quem vou deixar,
Mendigo assim como sou,
Todo o ouro que me dá
O sol que vejo nascer
Quando acordo na alvorada?
O sol que seca meu corpo
Que o orvalho da madrugada
Com sua carícia molhou?
Pra quem é que vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os meus bandos de pardais,
Que ao entardecer, nas árvores,
Brincando de esconde-esconde,
Procuram se divertir?
Pra quem é que eu vou deixar
Estas folhas de jornais
Que uso para me cobrir?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que eu vou deixar
Meu chapéu todo amassado
Onde escuto o tilintar
Das moedas que me dão,
Os que têm a alma boa,
Os que têm bom coração?
E antes que a vida me largue,
Pra quem é que eu vou deixar
O grande estoque que tenho
Das palavras "Deus lhe pague"?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Todas as folhas de outono
Que trazidas pelo vento
Vêm meus pés atapetar?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Minhas sandálias furadas,
Que pisaram mil caminhos,
Cheias dos pós das estradas,
Estradas por onde andei
Em andanças vagabundas?
Pra quem é que eu vou deixar
Minhas saudades profundas
Dos sonhos que não sonhei?
Pra quem eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Os bancos dos meus jardins,
Onde durmo e onde acordo
Entre rosas e jasmins?
Pra quem é que vou deixar,
Todos os raios de luar
Que beijam minhas mãos
Quando num canto de rua
Eu as ergo em oração?
Se eu fizer um testamento
Pra quem é que vou deixar
Meu cajado, meu farnel,e a marca deste beijo
Que uma criança deixou
Em meu rosto perguntandose eu era Papai Noel?
Pra quem é que eu vou deixar,
Se fizer um testamento,
Este pedaço de trapo
Que no lixo eu encontrei
E que transformei em lenço
Para enxugar minhas lágrimasquando fingi que chorei?
Se eu fizer um testamento...
Testamento não farei!
Sem nenhum papel passado,
Que papéis eu não ligo,
Agora estou resolvido:O que tenho deixarei,
Na situação em que estou,
Pra qualquer outro mendigo,
Rogando a Deus que o faça,
Depois que eu tiver morrido,
Ser tão feliz quanto eu sou.

**Urbano Reis**

segunda-feira, 12 de julho de 2010


A mais nova dupla ...formada no Bangu 2! Não tem pra ninguém , essa dupla é de matar!! Literalmente!!