Fábula da Convivência
(autor desconhecido)
Durante uma glaciação muito remota, quando parte do globo terrestre estava coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil.
Foi então, que uma grande vara de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e, juntos, bem unidosagasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aqueleinverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir oscompanheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam maiscalor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
Afastaram-se feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seussemelhantes.
Doíam muito… Mas, essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservou uma distância dooutro, mínima mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver semmagoar, sem causar danos recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios. É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar. É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor. É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente.
Foi então, que uma grande vara de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro e, juntos, bem unidosagasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aqueleinverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir oscompanheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam maiscalor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
Afastaram-se feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não suportarem mais tempo os espinhos dos seussemelhantes.
Doíam muito… Mas, essa não foi a melhor solução. Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservou uma distância dooutro, mínima mas o suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver semmagoar, sem causar danos recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios. É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar. É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração. É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor. É fácil sentir o amor, difícil é conter a sua torrente.
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