domingo, 13 de setembro de 2009

João e Mário.

escolhas
João é um importante empresário. Mora em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.

Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário.

Num belo dia, João deu um longo beijo em sua amada e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus pela sua vida, seu trabalho e suas realizações.

Após tomar café com a esposa e os filhos, João levou-os ao colégio e se dirigiu a uma de suas empresas.

Chegando lá, cumprimentou com um sorriso os funcionários, inclusive Dona Tereza, a faxineira.

Tinha ele inúmeros contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi: “Calma, fazer uma coisa de cada vez, sem stress”.

Ao chegar a hora do almoço, ele foi para casa curtir a família. A tarde tomou conhecimento que o faturamento do mês superou os objetivos e mandou anunciar que todos os funcionários teriam gratificações salariais no mês seguinte.

Apesar da sua calma, ou talvez, por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia. Como já era sexta-feira, João foi ao supermercado, voltou para casa, saiu com a família para jantar e depois foi dar uma palestra para estudantes sobre motivação para vencer na vida.

Enquanto isso, em bairro mais pobre de outra capital, vive Mário. Como fazia em todas as sextas-feiras, Mário foi para o bar jogar sinuca e beber com amigos. Já chegou lá nervoso, pois estava desempregado.

Um amigo seu tinha lhe oferecido uma vaga em sua oficina como auxiliar de mecânico, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho.

Mário não tem filhos e está também sem uma companheira, pois sua terceira mulher partiu dias antes dizendo que estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil. Ele estava morando de favor, num quarto imundo no porão de uma casa.

Naquele dia, Mário bebeu mais algumas, jogou, bebeu, jogou e bebeu até o dono do bar pedir para ele ir embora. Ele pediu para pendurar a sua conta, mas seu crédito havia acabado, então armou uma tremenda confusão… e o dono do bar o colocou para fora.

Sentado na calçada, Mário chorava pensando no que havia se tornado sua vida, quando seu único amigo, o mecânico, apareceu. Após levá-lo para casa e curado um pouco o porre, ele perguntou a Mário:

- “Diga-me por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?”

Mário então desabafou:

- A minha família… Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável.

Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo.

Tinha um irmão gêmeo chamado João, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo dessa mesma forma.

Enquanto isso, na outra capital, João terminava sua palestra para estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:

- “Diga-me por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?” João emocionado, respondeu:

- “A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável”.

Quando minha mãe morreu, por falta de condições, eu saí de casa, decidido que não seria aquela vida que queria para mim e minha futura família.

Tinha um irmão gêmeo chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas foi para um rumo diferente, nunca mais o vi. Deve estar vivendo dessa mesma forma.

Moral da história:

O que aconteceu com você até agora não é o que vai definir o seu futuro, e sim a maneira como você vai reagir a tudo que aconteceu. Sua vida pode ser diferente, não se lamente pelo passado, construa você mesmo o seu futuro. Faça seu comentário!

Um comentário:

  1. Oi henrique, o conto de João e Mário me trouxe a seguinte reflexão:o que faz com que algumas pessoas(depois de feitas as escolhas)insistam em lutar por seus objetivos e outras desistam no primeiro não?Dificuldades, tropeços quem não os tem?Mas, o que cada um faz com o obstáculo, a pedra no meio do caminho é a questão...Há quem chame a isso de perseverança, obstinação...não sei...Martha Medeiros na crônica'' Quanto vale um sim'',saiu-se com essa:'As coisas são assim dão certo e dão errado.Pessimismo é acreditar que ouvir um não seja uma barreira para realizar nossos sonhos, planos."A vida é uma,não são várias corridas.Não se pode parar de correr, mesmo que não sejamos o primeiro colocado. Em 1992 nas Olimpíadas de Barcelona,nos 400m rasos masculino, o inglês Derek Redmond(depois de ter passado por várias cirurgias em ambos os tendões de Aquiles e ter se recuperado em tempo recorde para participar das olimpíadas)sentiu uma dor aguda numa das pernas logo depois da largada e caiu com o cara no chão.A corrida poderia ter acabado para ele.Na verdade, todos os olofotes já se direcionavam para o outro campeão-que agora não me recordo quem foi-Mas, Derek mesmo sem a menor condição de vencer, levanta-se com muita dificuldade e saltando sobre um dos pés retoma a corrida, o pai dele que estava na arquibancada,viu o filho precisando de ajuda e foi à pista para que o filho pudesse apoiar-se nele e assim concluir a prova.Todos se ergueram e aplaudiram de pé aquele ato heróico de aluguém que não desistiu, insistiu em ultrapassar mais aquele obstáculo e vencer, não a corrida, mas uma das corridas da vida...Talvez,Mário tenha até tentado lutar e ter uma vida diferente dos pais, João como tantas outras pessoas deve ter ouvido muitos nãos...a diferença pode estar em mesmo não vencendo a corrida , concluir a prova.
    Ana Cristina

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